Atraso devido à análise da Anvisa piora, dizem
importadores
Liberação de cargas de produtos médicos tem tido atrasos
crescentes
13.set.2018 • EDIÇÃO IMPRESSA
Maria Cristina Frias
A análise pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) de produtos médicos importados tem gerado atrasos crescentes na
liberação das cargas, segundo a Abraidi (de importadores do setor).
O problema já havia sido notado há pelo menos dois
meses em algumas categorias, principalmente na parte de
diagnósticos in vitro.
A CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico
Laboratorial) e outras entidades atribuem os prazos maiores a uma transição
para os novos processos de liberação, idealizados para reduzir a burocracia e
agilizar o desembaraço.
Categoria de diagnósticos in vitro foi uma das primeiras
a sentir os efeitos do longo tempo de análise da Anvisa - Luiz Carlos
Murauskas
Houve um agravamento da situação desde agosto e uma
expansão para outros dispositivos, como próteses e stents, segundo Bruno
Bezerra, diretor-executivo da Abraidi.
O tempo máximo de petições na fila estava em 23 dias
úteis na última terça (11). O número, porém, não considera os processos mais
rápidos e mais lentos, só os 90% que estão no meio, diz ele.
“Temos associados com cargas que aguardam análise há 40
dias úteis”, afirma.
“Muitas empresas mantinham um estoque para 13 dias úteis.
Isso levou à falta de alguns itens em locais como Bahia, Espírito Santo e
Rio."
Procurada, a Anvisa diz que implementa um deferimento
simplificado que deverá ter efeito nas próximas semanas.
“Contudo, principalmente nos produtos para a saúde, temos
observado um aumento considerável no número de petições de processos de
importação”, diz o órgão.
“Diante disso, a Agência já abriu edital interno para
seleção de novos servidores.”
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