Ana Cristina Dib
balança comercial, comércio exterior, exportações, Lins, Prefeitura de Lins,
Brasília – A
implementação de ações visando habilitar frigoríficos para exportar carnes para
os Estados Unidos é uma das medidas que devem ser adotadas pela prefeitura da
cidade de Lins visando contribuir para o aumento das exportações e o
fortalecimento do comércio exterior do município.
Além disso, será feito um grande esforço para atrair
investimentos estrangeiros em projetos
que serão implantados na cidade e que também contribuirão, no futuro, para
reforçar as trocas comerciais com outros países.
Com pouco mais de 80 mil habitantes, Lins ocupou, de
janeiro a agosto, a 27ª. posição no ranking das exportações entre os municípios
do Estado de São Paulo e o 115º lugar na relação dos principais municípios
exportadores de todo o Brasil.
Apesar de os números serem expressivos, o prefeito da
cidade, Edgar de Souza, afirma que “esses dados são importantes mas o nosso
município já ocupou, no passado, posições bem mais destacadas na cena do
comércio exterior brasileiro e paulista. E vamos trabalhar para recuperar, em
médio e longo prazos, as posições perdidas nos últimos anos”.
Segundo o prefeito Edgar de Souza, “o caminho para o
Brasil sair da crise passa pelo aumento das exportações e do fluxo de comércio,
como vem acontecendo de forma expressiva neste ano, quando o país alcançará o
maior recorde da série histórica de seu comércio exterior. E esse mesmo
raciocínio vale para um município como Lins, que também precisa aumentar seu
comércio exterior e trabalhar para que o intercâmbio volte aos números
expressivos registrados, por exemplo, em 2008”.
Naquele ano, o comércio exterior da cidade atingiu a
maior cifra da história, quando foram exportadas mercadorias no total de US$
834 milhões e importados bens no valor de US$ 131 milhões. Na visão do prefeito, “atualmente, a taxa de
câmbio é favorável ao exportador e isso contribui para que tanto o Brasil
quanto a nossa cidade aumentem seu fluxo de comércio internacional”.
Este ano, de janeiro a agosto, a balança comercial da
cidade de Lins registrou um superávit de US$ 260 milhões, apesar de as
exportações do municipio terem uma queda de 21,85% totalizando US$ 273 milhões
e as exportações, também em contração (-12,33%), somarem pouco mais de US$ 12
milhões.
Mantido esse
ritmo, o fluxo de comércio linense (exportações+importações) deverá fechar o
ano num patamar inferior àquele registrado
em 2016, quando as exportações totalizaram US$ 539 milhões e as importações
alcançaram a cifra de US$ 24 milhões. Os
dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Todo o comércio exterior do município é feito por apenas
onze empresas exportadoras e sete importadoras e a prefeitura pretende buscar meios de
incentivar e capacitar mais empresas linenses a buscarem sua
internacionalização e passarem a atuar na área do comércio exterior.
Nos oito primeiros meses deste ano, a pauta exportadora
de Lins teve como principal destaque o item outras preparações e conservas de
carnes, com vendas externas no total de US$ 104 milhões (correspondentes a 38%
das exportações totais do município). A seguir vieram couros preparados, no valor
de US$ 76 milhões (responsáveis por 28% dos embarques externos), carne bovina,
com uma receita total de US$ 46 milhões (participação de 17%) e açúcares de
cana ou beterraba, cujas vendas externas somaram US$ 23 milhões.
Os Estados Unidos foram o principal país de destino das
exportações linenses, no total de US$ 72 milhões (participação de 26%),
seguidos pela China (US$ 58 milhões), Hungria (US$ 18 milhões), Bélgica (US$ 17 milhões) e pelo Reino Unido
(US$ 13 milhões).
No tocante às importações, os principais produtos
adquiridos pelas empresas estabelecidas em Lins foram preparações antiferrugem
(US$ 2 milhões), produtos tanantes orgânicos ou sintéticos (US$ 1,6 milhão),
sulfatos (US$ 1 milhão) e materiais corantes (US$ 1 milhão).
Com exportações no total de US$ 4 milhões, a Alemanha foi
o principal fornecedor de produtos à cidade de Lins. Outros parceiros da cidade
foram a Espanha (US$ 2 milhões), a China (US$ 1,2 milhão) e o Peru (US$ 946
mil).
Nenhum comentário:
Postar um comentário