quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Banco Central busca informações para ampliar SML

Banco Central busca informações para ampliar SML

Uma das alternativas para pagamento das operações de comércio exterior terá sua divulgação ampliada pelo Banco Central do Brasil. Trata-se do Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML), ou seja, o sistema informatizado no qual remetentes e destinatários, nos países que o integram, fazem e recebem pagamentos referentes a transações comerciais, outros benefícios ou simples remessas em suas respectivas moedas.
Apesar de permitir a eliminação da contratação de operação de câmbio para venda de divisas, eliminando o risco cambial e reduzindo a burocracia e os custos, o SML ainda é pouco utilizado.
Na avaliação do BCB, um dos fatores da baixa participação do sistema como meio de pagamento é o seu desconhecimento por parte dos operadores de comércio exterior. Porém, antes de investir na divulgação o banco entende ser necessário coletar informações com o mercado para saber como anda o nível de informação e de interesse do público-alvo sobre o SML.
Para tanto, foi elaborado um questionário online, com perguntas objetivas sobre a atividade da empresa e seu conhecimento sobre o SML. De forma segura e com total sigilo, o participante poderá informar sobre o uso da ferramenta para pagamentos internacionais, contribuindo para futuras ações do banco.
De acordo com a área responsável pelo gerenciamento do SML, a pesquisa permitirá que o BCB amplie sua visão sobre o uso do sistema.
No momento, existem três convênios SML firmados pelo BCB: o primeiro com o Banco Central da República da Argentina (BCRA), outro com o Banco Central do Uruguai (BCU) e o terceiro com o Banco Central do Paraguai (BCP), ainda em fase de regulamentação.
O SML com a Argentina é permitido para operações com bens e serviços e despesas associados a eles. No caso do Uruguai, houve uma ampliação, incluindo serviços associados ou não ao comércio de bens e transferências de pequenos valores.
No caso do SML com o Paraguai, há um acordo assinado, mas ainda não está operacional. A previsão é que até o final deste ano seja liberado o uso. Segundo o BCB, a fase de consultas com o país atraiu a manifestação de muitas empresas, o que leva a crer que terá um número maior de adesão.
Além da questão da divulgação, outros fatores afetam a decisão de uso do SML, como os financiamentos e as garantias. Por essas razões, o BCB considera que o SML teve, até o momento, mais sucesso nas operações entre empresas que já realizam trocas comerciais regularmente. Entretanto, o banco pretende aprimorar os meios de pagamentos em reais a fim de conseguir a adesão de maior número de operadores.
A pesquisa sobre o SML ficará aberta para as empresas até o final de agosto. Para participar, a empresa pode acessar por meio do link disponível no site da Aduaneiras, apoiadora da pesquisa do Banco Central.


Fonte:Aduaneiras

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